Em 11 locais, houve relatos de estudantes impedidos de entrar pois salas já tinham 50% de ocupação; Inep diz que vai “apurar situação”
Por Fabíola Salani
O primeiro dia de aplicação de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve abstenção recorde de 51,5%. A prova foi realizada neste domingo (17), em meio ao recrudescimento da pandemia de Covid-19 no Brasil. Houve uma forte mobilização para que o exame fosse adiado e até pedidos judiciais nesse sentido, que foram negados. Do total de 5.523.029 inscritos para a versão impressa do Enem, 2.842.332 faltaram às provas
Em 11 locais de prova, candidatos foram impedidos de entrar nas salas. Isso porque elas tinham atingido os 50% de lotação determinados nos protocolos estabelecidos pelo Inep, órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC) responsável pela realização do teste. Detalhe: quem faz a distribuição de candidatos nos locais de prova é o próprio Inep. O presidente do instituto, Alexandre Lopes, disse que as denúncias estão sendo “apuradas”.
A situação já havia sido apontada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e relatada em ação da Defensoria Pública da União (DPU) que pedia a suspensão do exame deste domingo. Segundo a DPU, a universidade havia cedido suas salas para a prova desde que ficassem com 40% da lotação. Mas foi surpreendida com a distribuição dos candidatos pelos organizadores com a utilização de 80% da capacidade das salas. A Justiça indeferiu o pedido, mesmo com a demonstração de que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) estaria prevendo a lotação das salas em desacordo com o protocolo sanitário estabelecido.
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