Despedindo-se da presidência da Câmara, cargo que ocupa desde o golpe contra Dilma em 2016, Maia diz que pode articular uma frente de centro que reúna Doria, Huck, Ciro e “até o PT”
Por Plinio Teodoro
Despedindo-se da presidência da Câmara, cargo que ocupa desde o golpe parlamentar de 2016, Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou que não autorizou o andamento do processo de nenhum dos mais de 50 pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro por não enxergar uma “caso gravíssimo” para o impedimento do presidente.
“De forma nenhuma iria usar o poder do impeachment se não fosse um caso gravíssimo, ainda mais no meio de uma quarentena”, disse Maia, que admitiu que o impeachment, como foi feito com a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), é um “julgamento político” ao ser indagado se seria a pandemia que impediu a instauração do processo contra Bolsonaro.
“Eu acho que, com a crise que nós já temos, se a gente fosse entrar pra esse tipo de conflito… E o impeachment é um julgamento político. Não é um julgamento jurídico. Querendo ou não, é a realidade. Ele não pode ser um instrumento para estar na gaveta e ser utilizado em cada conflito do presidente da Câmara com o presidente do governo”, afirmou na entrevista a Andreza Matais, Felipe Frazão e Tânia Monteiro, na edição deste sábado (12) no Estadão.
Add Comment